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Apontamento sobre um fragmento de tábua de casco de navio dotado do sistema de fixação por encaixe-mecha-respiga, típico da antiguidade mediterrânica, descoberto em 2002 no estuário do rio Arade

  • Autores: Francisco Alves
  • Localización: Revista Portuguesa de Arqueologia, ISSN 0874-2782, Vol. 8, Nº. 2, 2005, págs. 449-458
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      In 2002 a small wooden plank with the mortise-and-tenon assembling system, typical of ancient Mediterranean shipbuilding was recovered in the Arade estuary, near the Fort S. João (Ferragudo, Lagoa). The artefact was found slightly buried, isolated and out of archaeological context. It came probably from the dismantling of one of the several shipwrecks located and destroyed by the last thirty years of dredging operations, which also lead to the dispersion in the river bottom of an impressive amount of significant artefacts of all periods. This little piece of plank was the first ship hull element dating from Antiquity that was found in Portuguese waters. Curiously, a dugout found in Lima River the following year and dated from the 3rd/2nd century BC shows a restoring plank in the portside tack also assembled by the mortise-and-tenon system.

    • português

      Em 2002 foi descoberto no estuário do rio Arade, nas proximidades do Forte de S. João (Ferragudo, Lagoa), um pequeno fragmento de tábua, muito erodido, que apresenta três encaixes rectangulares espaçados e entalhados na sua espessura, preenchidos por linguetas de madeira travadas por cavilhas ligeiramente troncocónicas, igualmente de madeira, que atravessam a peça de lado a lado, que configuram o sistema de união por encaixe-mecha-respiga, típico da construção naval da antiguidade mediterrânica. A peça foi encontrada ligeiramente enterrada no sedimento, isolada e fora de qualquer contexto arqueológico e provém certamente do desmantelamento de um dos vários navios descobertos e destruídos pelas dragagens que há mais de trinta anos têm vindo igualmente a dispersar no leito do rio imensos e importantes vestígios de todas as épocas. A singela peça em questão foi o primeiro elemento de casco de um navio da Antiguidade descoberto em águas portuguesas. Curiosamente, no ano seguinte foi descoberta uma piroga no rio Lima, datada dos séculos III/II a.C., cuja amura de bombordo estava regularizada por uma tábua de enchimento com a mesma espessura, e aí fixada em três pontos por um sistema idêntico de encaixe-mecha-respiga.


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