Vários critérios têm sido utilizados na detecção do limiar ventilatório (LV). Três dos mais empregados são: (1) aumento do equivalente ventilatório de O2 (VE/VO2), (2) quebra da linearidade do aumento da ventilação-minuto (VE) e, (3) quebra da linearidade da relação entre os aumentos do VCO2 e VO2 (V-slope). O objetivo deste estudo foi verificar a objetividade da medida do LV, assim como verificar a consistência intra-avaliador do LV a partir dos diferentes critérios. Foram avaliados 16 homens jovens fisicamente ativos. Estes foram submetidos a teste de esforço progressivo até exaustão voluntária em cicloergômetro. O LV foi identificado independentemente por três avaliadores mediante os critérios (1), (2) e (3). A concordância inter-avaliadores no que se refere à aplicação dos diferentes critérios foi relativamente baixa (entre 18,0 a 62,5%) em praticamente todos os casos, sendo que a concordância em torno do critério (1) foi superior em comparação aos outros. Houve alta consistência intra-avaliador na determinação do LV, evidenciado pela ausência de diferenças entre critérios. Ao considerar a mediana dos resultados apresentados pelos três avaliadores, foram obtidos, em média, 132,5 ± 30 W para o critério (1), 135,0 ± 33,1 W para o critério (2), e 135,0 ± 36,1 W para o critério (3), sem diferenças significantes entre os critérios (p > 0,05). A correlação intra-classe entre todos os pares de critérios foi igual a 0,94. Em conclusão, o critério (1) parece ser o mais objetivo, e a adoção da mediana entre as estimativas dos avaliadores parece eliminar o problema do viés intra-avaliador.
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