A presente investigação teve como finalidade traçar o perfil do egresso do Curso de Educação Física do Centro Universitário Feevale. Para que este objetivo fosse alcançado, estruturou-se esta investigação do tipo descritivo de corte transversal cuja amostra constou de 65 egressos do Curso de Educação Física no período de 1976 a 2000, escolhidos não probabilisticamente e por conveniência. Foi utilizado um questionário composto por 25 questões abertas e fechadas, validado e pré-testado. Para a tabulação dos dados utilizou-se o cálculo da média e do desvio-padrão para as questões abertas e numéricas, e para as questões fechadas, o cálculo percentual. Concluiu-se que os sujeitos eram originários das cidades de Novo Hamburgo e de São Leopoldo que freqüentaram o Curso cujo currículo era inicialmente baseado na Resolução 69 de 1969 cujo currículo enfatizava a dimensão biológica sendo seguida pelas dimensões gímnico desportiva e pedagógica. Com a Resolução No. 3 de 1987 houve um avanço curricular, com o acréscimo de disciplinas que contemplassem uma formação geral (humanística e técnica) e um aprofundamento de conhecimentos. Constatou-se, entretanto, que os sujeitos investigados demonstraram uma preocupação em saber-fazer para ensinar, em que a eficiência técnica, metodológica e instrumental eram os aspectos mais enfatizados. Os sujeitos de um modo geral atuavam em atividades fora do contexto escolar, embora, um pequeno número nele atuasse. Segundo o que foi constatado, a maioria dos sujeitos investigados não teve dificuldade em encontrar um emprego, após a conclusão do Curso de graduação em Educação Física, nele permanecendo por um período que variava de 6 a 20 anos. O fato de permanecerem por um período superior a 6 anos no emprego não significa dizer que os sujeitos estivessem satisfeitos com o salário que recebiam. Foi, então, constatado que os baixos salários levavam os profissionais a trabalharem em outros estabelecimentos formais e não formais de ensino. Apesar de ser observada uma certa incompatibilidade entre a situação profissional e o salário, a maioria dos sujeitos do estudo se sentia reconhecida como profissionais de Educação Física. Embora 72,3% dos sujeitos da amostra tenha participado de cursos de atualização, 41,5% freqüentaram cursos de pós-graduação em nível de especialização. Sabe-se que o profissional preparado e instigado pelo desejo de transformar precisa ser remunerado para que possa viver com dignidade, mas, por outro lado, precisa haver vontade para buscar essa preparação, pois competência não é sinônimo de ser portador de um diploma de curso superior. A competência puramente acadêmica, em que o diploma é enfatizado, está se transformando numa competência que segue uma formação continuada que atualize e aprimore o conhecimento do profissional de Educação Física.
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