Trata-se de descrever algumas diferenças estruturais entre os atributos da notícia ou informação no discurso do jornalismo científico e a notícia ou informação no discurso da ciência. Estas diferenças são referidas a três dimensões (entre outras) destes discursos: o Etos, o conceito de novidade, e o controle de qualidade, respectivamente na prática do jornalismo e da ciência. Especificamente procura-se avaliar criticamente a noção de "novidade" tanto no discurso jornalístico como nas dimensões epistemológicas kuhniana e popperiana do discurso científico. A seguir são examinadas algumas das condições para que um fato científico significativo possa se transformar em algo com os atributos de uma notícia jornalística. Nosso objetivo é verificar como a intersecção destes dois campos resulta em algumas divergências. As conseqüências destas divergências podem causar efeitos adversos no público em geral, notadamente na comunicação pública de temas ligados à saúde e a medicina. São mencionados vários exemplos extraídos da grande imprensa brasileira ( O Estado de S.Paulo e a Folha de São Paulo e da imprensa norte-americana (The New York Times).
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