A sociedade, o território e a natureza encontram-se entrelaçados em situações concretas que, como componentes do imaginário social, tornam visível e interpretável os simbolismos presentes nas relações do ser humano com o seu meio e revelam as possibilidades heurísticas das visões de mundo de cada época e de cada cada lugar. Tomando esses pontos de partida, o trabalho recupera as representações sociais sobre a natureza tropical brasileira a partir do século XVI e os debates que opunham as potencialidades e as maselas dos trópicos. O papel da geografia nacional, empenhada em demonstrar a extensão, a potencialidade, as qualidades do povo e da natureza para o progresso foi essencial na elaboração de um conhecimento sobre o território que se empenhava em negar o imaginário de um paraíso tropical fadado à preguiça e à inépcia.
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