Partindo da conformação dos estados nacionais modernos, da instituição do estatuto da soberania territorial e considerando, particularmente, o estreitamento das relações estabelecidas entre os países (¿pedaços¿ de planeta dos quais os Estados historicamente se apropriaram), este artigo pretende avaliar a evolução histórica dessa geopolítica, à luz dos fundamentos que foram sendo impostos pelas características geográficas dos lugares apropriados pelos Estados.
Tal análise permitirá demonstrar a complexificação que tanto a noção de soberania territorial como a de Estado adquiriram, bem como discutir o papel exercido nesse processo pelo fundamento geográfico-ambiental. A relação dos países com a chamada questão ambiental e com os patrimônios mundiais (de bens culturais e naturais, cf. definição da UNESCO), será objeto de breve exame no artigo como forma de ilustrar o mencionado processo de complexificação da geopolítica dos Estados. Com esse mesmo propósito também examinaremos alguns termos do Tratado Antártico.
Diversos autores e pensadores, tanto tradicionais da análise historiográfica e geográfica, como contemporâneos serão cotejados para conferir lastro à análise pretendida. Entre outros merecerão destaque as formulações de: F. Ratzel, F. Braudel, P. Veyne, M. Santos, O. Dollfus, E. Morin, E. Leff e M. Foucault.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados