Nas últimas duas décadas, o campo da História da Educação, sob o signo do paradigma de História Cultural, tem sido alargado a novos temas e problemas. Sob esta perspectiva, sujeitos, saberes e práticas têm adquirido uma certa centralidade como objecto de pesquisa, estabelecendo uma estreita relação entre História e História da Educação.
O presente estudo centra a sua atenção no período que decorre de finais do século XVIII e primórdios do século XIX, procurando legitimar como saber pedagógico de tipo novo, moderno, experimental e científico, formas organizacionais dos saberes (teóricos e práticos), representados como necessários a uma boa prática pedagógica.
O arco temporal, correspondente ao Despotismo Iluminado e aos primórdios do Liberalismo, apresenta no plano cultural e social uma certa homogeneidade no que diz respeito a planos, currículos, materiais escolares e didácticos, meios e procedimentos de ensino, com marcas profundas das reformas pombalinas, forjadas sob o signo da Ilustração.
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