É no Convivio que Dante traça sua ética, delineando o ideal de uma existência perfeita e nobre. Tal perspectiva é aristocrática, pois a cultura do espírito se reserva a uma elite: determinadas gentes da nobreza. Aqui o elemento central é o aristotelismo. São governantes-filósofos que, recebendo exatamente como uma recompensa pelo seu esforço filosófico o dom da nobreza verdadeira, se encontram incumbidos de guiar, em seus feudos, reinos, cidades, as multidões humanas à felicidade e perfeição terrestres. No livro terceiro da De Monarchia, Dante, fechando esta perspectiva ¿pedagógica¿, caracteriza definitivamente o imperador como o Grande Filósofo da Cristandade e, assim, o Mestre, quer dizer, o guia em última instância do gênero humano ao esplendor místico da nobreza verdadeira e da beatitude filosófica ou terrestre.
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