A questão alterativa e subjetiva no migrante é analisada a partir do seu confronto com o lugar de estranho e da estranheza no novo espaço de vida. A aventura no campo do outro pode ser ameaçadora e fascinante para o migrante recente, que tenta responder rapidamente às exigências internas e externas. A fragilidade pelas perdas do deslocamento, facilita a emergência da crise. Com seu drama, o migrante expressa o lugar de deslocado nos espaços das metrópoles, com suas mutações e ritmos velozes. Analisa-se a tensão decorrente do desejo de inserção do sujeito, sua ligação com o passado e o sentimento de exclusão. A psicose aguda poderá surgir no ápice da vivência destes conflitos. Ressalta-se a importância dos aspectos sócio-culturais na assistência ao migrante, analisando o modelo asilar em confronto com novas possibilidades terapêuticas. Estas, ao acolherem o sujeito em sua diferença sócio-cultural e psicótica, favorecem a sua reorganização.
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