As políticas de desenvolvimento rural devem reconhecer a existência de funções da agricultura familiar relacionadas à segurança e à qualidade na oferta de alimentos. No entanto, qualquer intervenção neste sentido está circunstanciada por uma série de operações que se fazem necessárias desde a produção até o consumo, articulando diferentes agentes e lugares geograficamente dispersos. Pode-se falar da existência de um ¿espaço social alimentar¿ sub-dividido em lugares de produção, transformação, distribuição e consumo, os quais estariam conectados por relações hierárquicas e/ou de reciprocidade. A noção de circuitos econômicos permite investigar a natureza e a forma de participação da agricultura familiar no espaço social alimentar, pois revela as conexões entre lugares como um processo de construção sócio-espacial. Desta forma, podem ser pensadas estratégias de ação sobre o espaço social alimentar que visem beneficiar este ator social no processo de desenvolvimento.
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