As reflexões presentes, nesse artigo, são balizadas pela pesquisa empreendida durante o mestrado, cujo objeto era o papel da socialização midiatizada operada pela televisão em instituições que acolhem adolescentes não-infratores em Porto Alegre (RS-Brasil). Nesse momento, objetivo revisitar alguns pontos dessa problemática, bem como encaminhar novas articulações norteadoras da pesquisa de doutorado. Procuro compreender o processo de desinstitucionalização desses adolescentes que se estabelece em decorrência das reconfigurações nos sistemas de exclusão e desigualdade a partir das relações entre poder e saber. Nesse processo, a televisão ocupa um papel crucial, já que permanece atualizando/acionando, no ambiente do lar, saberes e aprendizagens internalizados durante o período de acolhimento institucional e, conseqüentemente, no processo de construção identitária desses adolescentes.
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