Dolphins as indicators of micropollutant trophic flow in amazon basin

• Autores: José Lailson-Brito Jr., Paulo R. Dorneles, Vera M. F. da Silva, Anthony R. Martin, Wanderley R. Bastos, Claudio E. Azevedo-Silva, Alexandre F. Azevedo, Joao P. M. Torres, Olaf Malm
• Localización: Oecologia Brasiliensis, ISSN-e 1981-9366, Vol. 12, Nº. 3, 2008 (Ejemplar dedicado a: Monitoramento biológico em ecossistemas aquáticos continentais)
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    This study presents an overview of the appropriateness of the use of Amazonian cetaceans as sentinel species for environmental contamination by micropollutants, such as organochlorines and mercury. Due to the top position in food webs occupied by cetaceans and to their long life-span, high micropollutant concentrations have been verifi ed in their tissues, what allows an amplifi cation of the determination capacity by different analytical procedures. Besides providing an analytical advantage, the continuous micropollutant determination in cetaceans has been useful: as a reference of pollutant availability to other organisms; to integrate a complex signal of pollution; to quantify the ecological signifi cance of a contamination. Therefore, published information on the concentrations of the quoted pollutants in the Amazonian cetaceans Inia geoffrensis (boto) and Sotalia fl uviatilis (tucuxi) were gathered herewith. Carrying out comparison with data from Brazilian coastal cetaceans, it became clear how high the levels observed in Amazonian aquatic mammals are. In this context, mercury deserves to be highlighted. Despite the little volume of information on the concentrations of mercury, polychlorinated biphenyls and dichlorodiphenyltrichloroethane in Amazonian cetaceans, the existing information already demonstrates that the levels observed mirror the environmental contamination by such pollutants in distinct Amazonian environments. Perspectives for future investigations are also discussed, including possible ways of overcoming obstacles related to sampling of Amazonian cetaceans.

    Keywords: Brazil, Amazon, cetacean, mercury, organochlorines.

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    BOTOS COMO INDICADORES DO FLUXO TRÓFICO DE MICROPOLUENTES NA BACIA AMAZÔNICA. Este estudo apresenta uma visão geral da adequabilidade do uso de cetáceos amazônicos como espécies sentinelas da contaminação ambiental por micropoluentes como o mercúrio e os organoclorados.

    Devido ao fato de ocuparem posição de topo nas teias alimentares, bem como à grande longevidade alcançada pelos cetáceos, elevadas concentrações de micropoluentes têm sido verifi cadas em seus tecidos, o que possibilita uma amplifi cação da capacidade de determinação de elementos e compostos por diferentes procedimentos analíticos. Além de proporcionar vantagem analítica, a determinação de micropoluentes em cetáceos de forma regular têm sido útil: como avaliação da disponibilidade de poluentes a outros organismos;

    para integrar um sinal complexo de poluição; bem como para quantifi car a signifi cância ecológica de dada contaminação. Desta forma, foram reunidas aqui as informações publicadas sobre as concentrações dos referidos poluentes nos cetáceos amazônicos Inia geoffrensis (boto) e Sotalia fl uviatilis (tucuxi).

    Efetuando-se comparação com as concentrações observadas em cetáceos costeiros brasileiros, fi ca patente o quão elevados são os níveis verifi cados em tais mamíferos aquáticos amazônicos, com destaque para o mercúrio. Apesar do reduzido volume de informação acerca das concentrações de mercúrio, bifenilos policlorados e diclorodifeniltricloroetano em cetáceos amazônicos, as informações existentes já demonstram que os níveis observados nesses animais espelham a contaminação ambiental por tais poluentes em distintos ambientes amazônicos. Perspectivas para estudos futuros são também discutidas, incluindo possíveis formas de superação de obstáculos relativos à amostragem de cetáceos amazônicos.

    Palavras-chave: Brasil, Amazônia, cetáceos, mercúrio, organoclorados.