Apresenta-se aqui uma reflexão sobre as possibilidades para o ensino em Serviço Social, decorrentes das diretrizes curriculares do atual projeto de formação profissional dos assistentes sociais brasileiros. Argumenta-se que há uma nova lógica, inerente às diretrizes, que não permite a dicotomia entre o ensino teórico e o ensino prático em Serviço Social, pelo contrário, pauta-se em uma relação de auto-implicação entre ambos. Com isso, todas as disciplinas, tanto as de fundamentos quanto as que transmitem saberes interventivos, têm a responsabilidade de colocar o exercício profissional no centro de suas discussões, priorizando os conhecimentos necessários, a fim de desenvolver competências, habilidades e valores para a formação do perfil e qualificar os profissionais para responder às demandas. Esta concepção de ensino é fruto de um processo de amadurecimento da categoria que considera a estreita relação entre trabalho e formação profissional, cujo projeto, nesta perspectiva, converte-se em valioso instrumento da estratégia concebida para enfrentar a contra-reforma do Ensino Superior no Brasil, em curso desde o primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso.
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