O impacto da prática de atividades físicas e desportivas em alguns indicadores de saúde em jovens do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Secundário de Vila Real

• Autores: António José Silva, Maria Isabel Mourão-Carvalhal, Eduarda Maria Rocha Teles de Castro Coelho, Magda Fernanda Requeijo Alves Libório
• Localización: Fitness & performance journal, ISSN 1519-9088, Nº. 3, 2008, págs. 151-157
• Idioma: portugués
• Enlaces
  • Texto completo (pdf)
• Resumen

  • Introdução: Este estudo tem como objetivos: i) verificar a incidência da prática de atividade física e de alguns indicadores de saúde (obesidade, consumo de álcool, tabaco e drogas) em alunos do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário de Vila Real; ii) verificar o impacto da prática de atividade física e desportiva nestes indicadores de saúde. Materiais e Métodos: A amostra foi constituída por 376 jovens com idades compreendidas entre 16 e 20 anos. Para avaliar a prática de atividade física e o uso de substâncias ilícitas foi utilizado o questionário �Comportamento e Saúde em Jovens em Idade Escolar�, adaptado do estudo europeu Health Behavior in School-Aged Children. Para o cálculo do Índice de Massa Corporal foi recolhido o peso e a altura, sendo utilizados os valores de corte propostos por Cole (2000) para definir sobrepeso ou obesidade. Na comparação de grupos usou-se o X2 nas variáveis categóricas e o teste de Mann-Whitney nas variáveis ordinais. Resultados: A totalidade da amostra participava das aulas de educação física escolar e 36,4% dos jovens praticavam desporto extra-escolar. A incidência de sobrepeso ponderal e obesidade foi de 11,2% e 2,1%, respectivamente. Quanto ao consumo de substâncias ilícitas, 34,8% dos inquiridos consumiam álcool, 20% dos alunos fumavam e 22% afirmaram já ter experimentado drogas. Discussão: Os resultados demonstraram haver diferenças significativas quando se comparou jovens que praticavam educação física escolar e outra modalidade desportiva extra-escolar com o consumo de cerveja (p=0,004), apresentando, os primeiros, consumos superiores. Estes resultados estão de acordo com Matos (2003), indicando que os jovens que não praticam atividade física afirmam, mais freqüentemente, consumir álcool. Relativamente às outras variáveis dependentes, apesar das diferenças não serem estatisticamente significativas, verifica-se uma tendência dos jovens que apenas praticam educação física escolar serem mais obesos, consumirem mais vinho e bebidas brancas. Estes resultados estão em consonância com a literatura especializada.