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Resumen de Corpo sob a proteção da bioética

Silvino Santin

  • Tomando por começo o pensamento racional, quando se fez a distinção entre o corpo (soma) e mente (psique), pode-se afirmar que o corpo foi reduzido a um simples coadjuvante na história do desenvolvimento e aperfeiçoamento da humanidade. A invenção de um sujeito cognoscente, que se situa acima das manifestações e percepções sensíveis, assegurou um novo projeto de ideal humano. Neste momento, o ser humano, isto é, a especificidade humana passa a ser o pensamento, a psique, o logos, a alma ou a razão; sendo o corpo um quase resíduo da animalidade. Quando o saber humano, guiado por esse projeto de humanidade, já como instância teórica, deixou de ter como objetivo maior a contemplação do mundo, para transformar-se em fundamento da ação prática, as intervenções transformadoras da realidade acabaram sendo a justificativa maior de todo conhecimento. As ciências experimentais tornaram-se o grande acervo teórico para a instrumentalização de todas as ações humanas. O universo, e tudo o que nele está contido, transformou-se num imenso canteiro de obras. Aparentemente, os engenheiros destas obras, parece, não respeitaram limites de qualquer espécie. O último passo, não sei se definitivamente o último, destas engenharias em sua fúria transformativas, é o corpo humano. Começou com as anatomias em cadáveres, o que fez do corpo um objeto de investigação livre, pelos menos sem limites seguros, e culminou com a clonagem. É neste momento que a bioética vem em socorro, não só do corpo, mas da pessoa humana. Talvez seja importante perguntar: É possível salvar a espécie humana? Ou ela seria apenas mais um degrau do processo evolutivo inevitável?


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