H. X. L. Volpe, A.M. Vacari, A. C. P. Veiga, S.R. Viel, S. A. de Bortoli
O objetivo do trabalho foi avaliar aspectos biológicos de Diatraea saccharalis alimentadas com dieta artificial contendo diferentes concentrações do corante Vermelho de Sudan B e a possível marcação do parasitóide Cotesia flavipes, quando submetidos ao parasitismo de lagartas coradas. Para isso, foram adicionados à dieta artificial quatro concentrações do corante (100, 200, 300 e 400 ppm) e testemunha (sem corante). Avaliou-se o período larval e pupal, viabilidade larval e pupal, longevidade, razão sexual, peso das pupas, número total de ovos por fêmea, número de ovos por dia, número de ovos por postura, viabilidade dos ovos e período embrionário; além disso, foram realizadas algumas medições nas lagartas (Bioensaio 1). Lagartas de 17 dias de idade (30) de cada tratamento foram retiradas dos tubos e expostas ao parasitismo de C. flavipes (Bioensaio 2). Avaliou-se o período ovo-pupa, razão sexual, período e viabilidade pupal, número de fêmeas, machos, total de adultos emergidos e longevidade. Os dados foram submetidos à análise multivariada de agrupamento, two-way e componentes principais. Com base nas análises, observou-se que o tratamento de 100 ppm foi o menos prejudicial a biologia da broca, por se agrupar com a testemunha e não influenciar negativamente seus aspectos biológicos. A concentração de 400 ppm afetou negativamente a biologia de C. flavipes. Todas as doses marcaram as lagartas e os adultos, porém a concentração de 100 ppm é a mais indicada para a marcação de D. saccharalis. Nenhuma das concentrações testadas marcou adultos de C. flavipes, apesar de afetar sua biologia. Sendo assim, é inviável aumentar a concentração visando futuros testes, por esse corante ter se mostrado prejudicial aos aspectos biológicos de D. saccharalis e C. flavipes.
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