Este trabalho discute vários casos de articulação entre iniciativas de ação social de igrejas e ONGs religiosas e parceiros governamentais e da sociedade civil, inscrevendo tais casos num duplo marco interpretativo: as mudanças em curso no campo religioso brasileiro, que têm evidenciado maior presença pública das religiões (inclusive as minoritárias); e o ambíguo processo pelo qual, desde meados dos anos 1990, se vem dando uma valorização da cultura como recurso crucial do desenvolvimento social, por parte de agências internacionais e governos nacionais e locais, abrindo neste contexto espaço à religião como força social favorável à inclusão e à construção de identidades cidadãs. Indaga-se na análise dos dados como se tem construído este campo de ação coletiva e pública, bem como os deslocamentos trazidos às identidades em jogo pelo cruzamento das lógicas da identidade religiosa, da cidadania ativa e da governabilidade.
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