Fernando Donizete Alves, Aline Sommerhalder
É inegável que a educação pressupõe uma atividade relacional, interativa em que estão presentes desejos, interesses e necessidades tanto do professor quanto do aluno. A educação se faz a partir do trabalho com seres humanos, o que implica dizer que o objeto humano está no cerne do trabalho docente. Diante da magnitude de tal afirmação, coloca-se a importância de se problematizá-la. Este artigo pretende assumir esta tarefa, tomando a psicanálise como referencial teórico, em outras palavras, a proposta é colocar em discussão as dimensões inconscientes do ensinar e do aprender. Os conhecimentos produzidos pelo legado freudiano sobre o funcionamento do psiquismo humano nos permitem reconhecer que a educação não está limitada à intencionalidade consciente, uma vez que o inconsciente é co-agente e co-produtor dos quefazeres humanos. Assim sendo, a discussão põe em questão os seguintes pontos: 1) a importância do outro para o processo educativo; 2) a interferência da vida pulsional no processo de ensino e de aprendizagem.
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