A partir da segunda metade do século XIX, no ensino técnico, era urgente implementar um conjunto de condições que garantissem a formação de profissionais habilitados aptos a fornecer ao sector económico um trabalho qualificado tendo em vista um desenvolvimento económico do país. Inicialmente a dificuldade no recrutamento de professores só muito dificilmente foi sendo ultrapassada. Desde a pouca selectividade, à oferta de condições atractivas, até ao recrutamento no estrangeiro, tudo se procurou fazer para garantir docentes devidamente habilitados. Nos inícios do século XX foi criada uma Associação dos Professores das Escolas Industriais e Comerciais (APEIC) que passou a ser um interlocutor com múltiplas intervenções e influências junto do poder e da classe. O seu �Boletim� passou a ser um espaço de reflexão sobre recrutamento, pedagogia, paradigma de professor do ensino técnico e associativismo. A partir daí nota-se uma maior preocupação com o processo de recrutamento, de formação inicial e contínua. Sintoma disso é a criação da Escola Normal para o Ensino de Desenho (decreto 5 029 de 1 de Dezembro de 1918 e 6 414 de 23 de Fevereiro de 1920). O Estado Novo deu passos no sentido de melhorar a formação e estatuto (legislação de 1926, 1930, 1931 e 1948, sobretudo) sem nunca conseguir tornar equivalente o ensino técnico ao liceal.
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