Este artigo procura recuperar a história do primeiro núcleo escolarizado para formar professores na cidade do Rio de Janeiro: a Escola Normal da Corte (1880-1889). Busca-se aqui focalizar o momento da criação e o início das atividades dessa escola (1880-1881) por meio das notícias veiculadas no jornal estudantil Pharol. Por entender que a maioria das pesquisas sobre essa temática tem concentrado suas análises prioritariamente sobre os registros oficiais, este trabalho propõe deslocar o foco de análise para o pólo receptor dessas iniciativas, procurando entender de que forma as estratégias de ação do poder instituído eram apropriadas por seus destinatários - os alunos normalistas. Inferiu-se, pelo cruzamento das fontes que houve resistência dos estudantes à cultura escolar que se impunha como estratégia do Estado para promover a instrução do povo e superar a situação de atraso do país.
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