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Resumen de A negação no brasileiro falado informal

Stefan Barme

  • Além da negação pré-verbal não sei o brasileiro (BR) conhece ainda a negação dupla não sei não e a negação pós-verbal sei não, dispondo assim na sincronia atual de nada menos do que três graus do processo cíclico no âmbito da negação conhecido por Jespersen's cycle:

    NEG 1: NEG-V não tenho NEG 2: NEG-V-NEG não tenho não NEG 3: V-NEG tenho não No contexto das línguas românicas, além do brasileiro, também alguns dialetos setentrionais do italiano, como, por exemplo, os dialetos lígures de Val Bormida, o palenquero (uma língua crioula de base espanhola) e, como língua não-românica, também o africânder possuem na sincronia atual uma gama de estruturas de negação igualmente extensa (vejam-se Schwegler 1988, 28 e 45; Parry 1997, 244). Também o francês moderno conhece essas três estruturas de negação, mas a estrutura NEG 1 (NE-V) só sobreviveu em alguns contextos muito especiais (veja-se Muller 1991). Segundo Schwegler o fenômeno das negações dupla e pós-verbal, ou seja, o ciclo da negação, também é freqüente fora da Romania em outras línguas indo-européias (vejam-se Schwegler 1983, 301¿318; Schwegler 1988, 22). Schwegler (1988, 38) chama a atenção para o fato de que, ao contrário da grande maioria das outras línguas românicas, o negador pós-verbal do BR não deriva de um emphasizer nominal, como, por exemplo, o francês pas (< le pas < lat. passum), mas é uma repetição do negador pré-verbal, ou seja, a transposição do negador absoluto para a posição final dentro do corpus principal da frase (veja-se Schwegler 1988, 21s.).


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