Os escritos de John Locke e Pierre Bayle sobre a tolerância contribuíram decisivamente para a formação do discurso filosófico sobre aquele conceito, que será amplamente divulgado no século XVIII. A doutrina de Locke afirma que o indivíduo tem certos direitos, que estão intrinsecamente relacionados com a sua liberdade e devem ser respeitados pelo Estado. Bayle também foi um defensor da tolerância, exaltando a liberdade de consciência do indivíduo. No entanto há divergências entre estes dois pensadores: Locke propõe limites à tolerância, enquanto Bayle é tido como um tolerante exagerado. A proposta é investigar os principais argumentos utilizados nas suas respectivas defesas da tolerância, e a partir daí analisar algumas divergências entre os dois autores, especialmente as diferentes medidas da tolerância adotadas por cada um deles.
The writings of John Locke and Pierre Bayle on toleration contributed decisively to the formation of philosophical discourse about that concept, which will be widely spread in the eighteenth century. Locke�s doctrine claims that the individual has certain rights, which are intrinsically related to their liberties and should be respected by the state. Bayle was also an advocate of tolerance, praising the liberty of conscience of the individual. However there are differences between these two thinkers: Locke proposes limits to tolerance, while Bayle is seen as a tolerant exaggerated. The aim is to investigate the main arguments used in defense of tolerance, and look at some differences between the two authors, especially the different measures of tolerance adopted by each one of them.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados