Esta revisão de literatura teve como objetivo abordar a aplicação do nível de dano econômico (NDE) no manejo de plantas daninhas. Foram discutidos os motivos para o desenvolvimento dessa relação econômica, a função do NDE como critério de decisão do controle no manejo integrado de plantas daninhas, a teoria da sua aplicação e a magnitude dos seus valores para o manejo dessas plantas, bem como as limitações e perspectivas da sua aplicação na Herbologia. O desenvolvimento de herbicidas seletivos de aplicação em pós-emergência da cultura possibilitou a adaptação do conceito do NDE para o manejo de plantas daninhas. Com isso, esse nível de dano tornou-se um dos principais fundamentos teóricos do manejo integrado, por auxiliar na tomada de decisão do controle dessas espécies nas áreas agrícolas. Na prática, o NDE é pouco utilizado no manejo de plantas daninhas por cinco motivos: (i) as relações de interferência foram desenvolvidas para organismos consumidores e produtores; (ii) ocorrência natural de populações poliespecíficas de plantas daninhas nas áreas agrícolas; (iii) falta de estabilidade das variáveis biológicas e econômicas utilizadas na sua estimativa; (iv) irrelevância do parâmetro obtido para culturas com baixa habilidade competitiva; e (v) consequências ecológicas a médio e longo prazo advindas do seu uso para o agroecossistema. Estratégias alternativas aos níveis de dano, como os programas computacionais, devem ser desenvolvidas para mediar as decisões de controle das plantas daninhas.
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