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Resumen de Estigma e discriminação vividos na escola por crianças e jovens órfãos por Aids

Eliana Miura Zucchi, Claudia Renata dos Santos Barros, Vera Silvia Facciolla Paiva, Ivan França Junior

  • português

    A restrição de direitos humanos é uma das características mais marcantes da epidemia da Aids. Crianças e jovens infectados ou afetados pela Aids são particularmente vulneráveis a sofrer estigma em ambientes educacionais. O objetivo deste artigo foi analisar episódios de estigma e discriminação relacionados ao HIV/Aids na escola.

    Integradas a um estudo de base populacional, foram analisadas sete entrevistas em profundidade com coordenadores pedagógicos de seis escolas públicas e privadas, de ensino infantil e fundamental, na cidade de São Paulo.

    A maioria dos episódios de estigma vividos por crianças e jovens no âmbito escolar ocorreu em circunstâncias de namoro/ sexualidade, conflito com colegas, dificuldade de aprendizagem, revelação da orfandade por Aids, interação entre professores e alunos com HIV, sendo as causas mais frequentemente atribuídas:

    ter HIV, ser proveniente de �família desestruturada�, desigualdade nos papéis de gênero, idade e classe social. Homofobia e racismo foram indicados como reforçadores do estigma. Foram descritas respostas institucionais ao estigma da Aids e práticas de atividades de prevenção às DST/Aids.

    Os episódios indicam o quanto o estigma e a discriminação relacionados ao HIV/Aids podem aprofundar uma desigualdade social já instalada no âmbito da educação, constituindo obstáculos ao direito à educação, à convivência familiar, ao lazer, à privacidade, ao sigilo/confidencialidade e à vida afetiva dos jovens. Por outro lado, tais episódios também expressam a ausência de programas de prevenção nas escolas visitadas e a dificuldade de abordar outras modalidades de estigma (tais como racismo e estigma da pobreza).

  • English

    The restriction of human rights is one of the most poignant features of the AIDS epidemics. Children and youngsters infected or otherwise affected by AIDS are particularly vulnerable to stigma in educational environments. The purpose of this article is to analyze episodes of stigma and discrimination related to HIV/AIDS at school. Integrated to a demographic study, an indepth analysis was made of seven interviews conducted with pedagogical coordinators from six public and private schools of early childhood and fundamental education in the city of São Paulo. The majority of episodes of stigma experienced by children and youngsters within schools took place in circumstances of dating/sexuality, conflict with schoolmates, learning difficulties, disclosure of orphanhood by AIDS, and interaction between teachers and pupils with HIV, with the most frequently mentioned causes being: being HIV-positive, coming from a �dysfunctional family�, and inequality in gender roles, age, and social class. Homophobia and racism were pointed out as stigma reinforcements. Descriptions were made of institutional responses to the AIDS stigma and of practices of prevention against STDs/AIDS. The episodes indicate the extent to which the stigma and discrimination related to HIV/AIDS can aggravate the social inequality already present within the sphere of education, obstructing the youngsters� rights to education, to family life, to leisure, to privacy, to secrecy/confidentiality, and to a love life.

    Such episodes also reveal the lack of prevention programs in the schools visited, and the difficulty of dealing with other forms of stigma (such as racism and the stigma of poverty).


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