Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


A distinção entre conhecer e pensar em Hannah Arendt e sua relevância para a educação

  • Autores: Vanessa Sievers de Almeida
  • Localización: Educaçao e Pesquisa: Revista da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, ISSN-e 1678-4634, Vol. 36, Nº. 3, 2010, págs. 853-865
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      A educação, preocupada principalmente com a aquisição de competências e/ou a transmissão de conhecimentos, tem dado pouca atenção para a compreensão do mundo � isto é, um modo de pensar que não tem como objetivo primeiro a resolução de problemas. Para entender melhor a relevância dessa questão, recorremos à distinção que Hannah Arendt traça entre o pensar e o conhecer. A abordagem da autora sobre essas atividades do espírito foi desencadeada pelo processo de Eichmann em Jerusalém. Na ocasião, ela observa que o réu foi capaz de coordenar a deportação dos judeus para os campos de concentração, mas era incapaz de refletir sobre o significado de seus atos. Depois, em sua obra A vida do espírito, ela veio a constatar que conhecimento e pensamento são duas faculdades distintas. O conhecer diz respeito à busca da verdade. Os conhecimentos possuem uma validade geral e uma utilidade. A atividade cognitiva, no entanto, mostra-se limitada por ser incapaz de atribuir um significado à nossa relação com o mundo. A busca de sentido é específica do pensamento, a reflexão sobre as experiências, cujos �resultados�, porém, são �fugidios� e, muitas vezes, julgados inúteis. Este artigo, contudo, sustenta que o pensar, enquanto busca de sentido, é essencial para uma educação que, além de possibilitar um saber e um saber fazer, pretende contribuir para que os jovens estabeleçam uma relação de sentido e de pertença com o mundo humano.

    • English

      Education, chiefly concerned with the acquisition of competences and/or with the transmission of knowledge, has paid little attention to understanding the world � that is to say, to a mode of thinking that does not have as its primary objective the solution of problems. To better understand the relevance of this issue, we look into the distinction established by Hannah Arendt between thinking and knowing. Her approach to these activities of the human spirit was born out of the Eichmann process in Jerusalem.

      At that time, she observed that the defendant had been capable of coordinating the deportation of Jews to concentration camps, but was incapable of reflecting upon the meaning of his own actions.

      Later, in her The life of the mind, she recognized that knowledge and thinking are two distinct faculties. The knowing has to do with the search for the truth. Knowledges have a general validity, and usefulness. The cognitive activity, however, turns out to be limited, because it is incapable of attributing meaning to our relationship with the world. The search for meaning is specific to the thinking, to the reflection on experiences, whose �results� are, nevertheless, �elusive� and often seen as useless. In spite of that, this article argues that thinking, as a search for meaning, is essential to an education that, beyond achieving a knowledge and a know-how, aims at contributing to help youngsters to establish a relationship with the human world of meaning and belonging.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno