Reconhecendo o discurso patriarcal como prática hegemônica na cultura ocidental, responsável pela regulação de comportamentos e definidor de padrões midiáticos estereotipados, o presente artigo desenvolve um estudo sobre as formas de representação da velhice e do envelhecimento femininos no cinema brasileiro que, em contrapartida, oferecem alguma forma de resistência e/ou crítica aos padrões de consumo e ao olhar de dominância masculino. Para tal, tem-se como corpus o filme Chega de Saudade (2008), de Laís Bodanzky, buscando identificar, por meio da análise fílmica da obra, aspectos contradiscursivos na construção das personagens femininas em processo de envelhecimento, dentro de situações ligadas ao corpo e aos afetos, e suas implicações na subversão de estereótipos.
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