Resumen de De l' ethnographié classiquè à l' anthropologie réflexive: (la scientificité des perceptions dans le travail ethnographique)
Christine Escallier, Ana Maria Kauppila
A reflexão sobre as disabilidades relacionadas com a educação ainda representa um âmbito de pesquisa pouco utilizado nos estudos comparatistas. Em escala mundial, podem-se observar mudanças de paradigmas, transformações legislativas e educativas que demonstram a existência de lugares em que são vividas diferentes formas de handcap. De fato, a linguagem também alude a específicos âmbitos espaciais: a escola, o gueto, o campo, os espaços intermédios (as pessoas que possuem alguma forma de desabilidade não são sujeitos nem incluídos, nem excluídos, mas vivem num limbo). A denúncia desses espaços como lugares de reclusão, confirmada pelas observações de diversos autores (Goffman, Murphy), concedeu status comprovado de injusto tratamento em relação àquelas pessoas que se encontram numa situação de desabilidade. As modalidades de investigação, como por exemplo aquelas praticadas em grupos de lobies (como Mental disability right), e a observação dos espaços instituídos como efeito, tiveram um papel historicamente importante nas transformações (conversões) das políticas públicas, da França de Diderot até hoje, quando se eleva o slogan planetário segundo o qual de agora em diante �Nada sobre nós, sem nós�. Venha ver a nossa vida, compreendê-la, entre nós nossos espaços, associe-nos às suas reflexões � são essas as exigências que reivindicam os movimentos das pessoas com desabilidades, em todos aqueles lugares em que as suas dificuldades conseguem emergir. A etnografia �venha ver� o que ao contrário outros pensam seja impossível para indivíduos que são portadores de um defeito (de amar, de aprender, de trabalhar). Pretendeu-se estabelecer aqui quais são as condições que legitimam as transformações educativas que se transformam em políticas públicas, que são aceites e compartilhadas porque podem ser observadas.
