O artigo visa discutir como o liberalismo foi apreendido pelas classes e frações de classe no Brasil durante o processo de ruptura com Portugal e especialmente o de formação do Estado Imperial. Para tanto, busca reconstruir tais processos, ao mesmo tempo em que discute as diversas acepções de liberalismo, em seus fundamentos, buscando suas raízes e sua interação com a história concreta da política brasileira na primeira metade do XIX. Neste sentido, pretende apreender o confronto de idéias, antes de tudo, como uma disputa entre grupos sociais. Assim, a derrota de uma proposta liberal não significa a derrota do liberalismo, e sim, a vitória de outra proposta que se ancora também em princípios liberais, imprimindo ao termo um sentido diferente, mas que mantém suas principais características.
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