A Teologia ecofeminista e sua perspectiva simbólico/cultural

• Autores: Jaci de Fátima Souza Candiotto
• Localización: Horizonte: revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiao, ISSN-e 2175-5841, Vol. 10, Nº. 28, 2012, págs. 1395-1413
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Ecofeminist theology and its symbolic/cultural perspective
• Enlaces
  • Texto completo (pdf)
• Resumen
  • English

    The article performs a re-reading of theology from the ecofeminism, in order to question the hierarchical dualisms between God/world, men/women, human/ others beings. It analyzes the relevance of the mediation from symbolic/cultural ecofeminism to feminist theology. At least two unfoldings are identified in its constitution: essentialist and constructionist. Both claim that woman-nature link has legitimized their domination and submission. However, they differ significantly. The first, essentialist, shows that this domination emerges as a truth distorted as a result of historical rupture of a primary egalitarianism among human beings when veneration of the deity as Goddess was prevalent. In this respect, the essentialist ecofeminism aims to reinvent this lost paradise. The second, constructionist, denies that in the beginning of mankind there was an intimate connection between women and nature by stating that it was totally shaped by patriarchy. The conclusion is that the symbolic/cultural ecofeminism bring significant contributions to the feminist theology, but they it likely to turn away from Christianity and spray the historical struggles of women.

  • português

    O artigo realiza uma releitura da teologia a partir do ecofeminismo a fim de questionar os dualismos hierárquicos entre Deus e mundo, homens e mulheres, seres humanos e demais seres. Analisa-se a pertinência da mediação do ecofeminismo simbólico/cultural para a teologia. Pelo menos dois desdobramentos podem ser identificados na sua constituição: essencialista e construcionista. Ambos afirmam que a conexão mulher-natureza tem legitimado sua dominação e submissão. No entanto, eles diferem significativamente. O primeiro, essencialista, mostra que essa dominação surge como uma verdade distorcida em consequência da ruptura histórica de um igualitarismo primordial entre os seres humanos quando a veneração da divindade como Deusa era predominante. Nesse aspecto, o ecofeminismo essencialista se propõe a reinventar esse paraíso perdido. Já o segundo, construcionista, nega que nos primórdios da humanidade tenha ocorrido uma conexão íntima entre mulher e natureza ao afirmar que ela foi totalmente forjada pelo patriarcado. A conclusão é que o ecofeminismo simbólico/cultural proporciona contribuições significativas para a teologia feminista, porém corre o risco de se afastar do cristianismo e pulverizar as lutas históricas das mulheres.