During the colonial conquest of Africa, which began in the second half of the nineteenth century, some European missionaries and anthropologists, who have established long acquaintance with some societies from different regions of Africa, managed to make the first academic collection and systematization of African traditional thought. Taking such a context as a backdrop and counterpoint, this article highlights some voices of African theorists (Ki-Zerbo, Hampaté Bâ, Honorat Aguessy), in order to explain and discuss some essential features of African culture. Within the traditional African conception, the religion, founded on the same pillars of oral culture, founds all other components of social life. On this assumption, the text discusses four main aspects: the naive conception of an African cultural unity; the importance of the oral tradition to the knowledge of history and of African imagery; imbrications of political action and cultural issues; unnecessary polarizations of the Europe versus Africa for purposes of adequately characterize African cultures.
Na esteira da conquista colonial de África, desencadeada na segunda metade do século XIX, alguns antropólogos e missionários europeus, que estabeleceram longa convivência com sociedades de diferentes regiões do continente africano, lograram realizar as primeiras recolhas e sistematizações acadêmicas do imaginário cultural de comunidades tradicionais. Tomando tal contexto como pano de fundo e contraponto, o artigo destaca algumas vozes de teóricos nativos (Ki-Zerbo, Hampaté Bâ, Honorat Aguessy), com vistas a explicitar e discutir alguns traços do proprium cultural africano. Na concepção daquelas culturas tradicionais, a religião, assentada no mesmo arco da cultura oral, funda todos os demais componentes da vida social. Sobre tal pressuposto, o texto discute quatro aspectos principais: a concepção (ingênua) de uma unidade cultural africana; a importância da tradição oral para o conhecimento da história e do imaginário das sociedades daquele continente; as imbricações da ação política e das questões culturais; as polarizações (desnecessárias) de Europa versus África para fins de caracterizar adequadamente as culturas africaNa esteira da conquista colonial de África, desencadeada na segunda metade do século XIX, alguns antropólogos e missionários europeus, que estabeleceram longa convivência com sociedades de diferentes regiões do continente africano, lograram realizar as primeiras recolhas e sistematizações acadêmicas do imaginário cultural de comunidades tradicionais. Tomando tal contexto como pano de fundo e contraponto, o artigo destaca algumas vozes de teóricos nativos (Ki-Zerbo, Hampaté Bâ, Honorat Aguessy), com vistas a explicitar e discutir alguns traços do proprium cultural africano. Na concepção daquelas culturas tradicionais, a religião, assentada no mesmo arco da cultura oral, funda todos os demais componentes da vida social. Sobre tal pressuposto, o texto discute quatro aspectos principais: a concepção (ingênua) de uma unidade cultural africana; a importância da tradição oral para o conhecimento da história e do imaginário das sociedades daquele continente; as imbricações da ação política e das questões culturais; as polarizações (desnecessárias) de Europa versus África para fins de caracterizar adequadamente as culturas africanas.nas.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados