O presente artigo contém uma análise sobre as inovações, o alcance e os dilemas da intervenção do governo municipal, no âmbito da questão da moradia, ocorridas na vigência das administrações de Firmino Filho (1997-2004), em Teresina, Piauí, contexto caracterizado pelo agravamento dos conflitos urbanos nas grandes cidades e o surgimento de experiências de gestão urbana consideradas bem sucedidas. Tais iniciativas locais surgem na esteira das inovações trazidas pelo processo de descentralização das políticas públicas, e pelas gestões democráticas construídas em diversas cidades do país desde os anos de 1980, especialmente após a Constituição de 1988. Apesar do discurso e de medidas governamentais aparentemente novas sobre a gestão urbana, o estudo indica que governo municipal não foi capaz de equacionar a problemática da moradia, uma vez que, as ações previstas, além de terem sido tratados principalmente do ponto de vista físico-urbanístico, exigiram muitos recursos, faltando, nesse processo, um sistema nacional de financiamento constante e contínuo que pudessem enfrentar de forma definitiva a questão fundiária e imobiliária.
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