Situando-se no campo sociológico da educação, o nosso itinerário de pesquisa tem privilegiado o estudo e a reflexão em torno dos mais variados contextos e processos que tendem a pautar os quotidianos juvenis. Assumimos como pressuposto orientador que a educação, na sua amplitude e complexidade, só é significativa quando ocorre em contextos significativos de acção, não sendo, por isso, apenas redutível aos espaços e tempos da instituição escolar. Nesta linha, enveredámos por uma abordagem mais consentânea com uma sociologia da educação não-escolar, a partir da qual procuramos compreender o papel das aprendizagens não-formais e informais na construção dos sentidos da experiência juvenil. A leitura que produzimos da realidade social, enfatizando-se, agora, uma perspectiva holística dos fenómenos educativos, permitiu, entre outros aspectos, o confronto crítico sobre a influência e o lugar dos contextos/instituições tradicionais na construção das cidadanias e das subjectividades juvenis, bem como a percepção de que a coexistência de velhos e novos sítios de educação e de formação vem enfraquecendo as noções clássicas de socialização. A nossa comunicação reflectirá, então, este olhar sociológico, capitalizando, para o efeito, dados empíricos provenientes de investigações por nós realizadas na última década junto de públicos e associações juvenis.
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