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Resumen de A percepção do tempo no deficiente visual

Crisálida Gonçalves

  • Neste trabalho pretendeu-se descobrir qual a percepção do tempo para um grupo de estudo constituído por dezoito (18) indivíduos de ambos os sexos, sendo treze (13) cegos e cinco (5) amblíopes. Entre todos, sete (7) tem deficiência visual congénita e onze (11) deficiência visual adquirida. As idades estão compreendidas entre os vinte e os quarenta e sete anos. O local de realização do estudo foi na Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e decorreu no mês de Dezembro de 1999. Desta maneira, para tentarmos perceber qual o sentido do tempo para esta população, partimos dos seus testemunhos realizando entrevistas de cariz semidirectivo, sendo a metodologia utilizada para a sua descodificação a análise de conteúdo baseada em Bardin (1994). Concluímos no trabalho que percepcionam o tempo como sendo um tempo sério, considerando que existe uma forte relação do mesmo com actividades do quotidiano. Quando atribuem ao tempo um carácter menos sério, fica espelhada a noção que ele se assume como um prémio que lhes é oferecido de modo a ser utilizado segundo os seus interesses, sendo através dele que o ser humano se descobre e se revela.


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