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Negociando sociabilidades em meio urbano: associativismo feminino em Bissau

  • Autores: Manuela Borges
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 114
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • O continente africano tem sido caracterizado pela sua dinâmica associativa, particularmente a costa ocidental onde existem associações de mulheres no meio rural e também em meio urbano.

      As formas de organização social das mulheres são comuns em África e estas práticas associativas das mulheres têm sido relacionadas com as assimetrias de género Assim sendo, o habitus histórico do associativismo feminino na África Ocidental dever-se-ia à posição social da mulher nas sociedades linhageiras, em que as hierarquias baseadas na senioridade e género, dispensando a participação das mulheres no poder e autoridades públicos, e instituindo assimetrias que marginalizavam socialmente as mulheres, teria propiciado os motivos, os meios e as oportunidades para a sua autonomia e individualização, concorrendo para o fenómeno do associativismo voluntário feminino. Em síntese, o dinamismo associativo feminino em África, tem sido explicado enquanto um habitus feminino, fundado no costume das mulheres se reunirem em associações, para promover os seus interesses económicos, sociais e políticos, associações essas que, embora tenham sido prejudicadas pelo impacto do colonialismo que não as reconheceu e as ignorou na administração colonial, teriam ressurgido após as independências, mesmo se adaptadas aos actuais circunstancialismos das sociedades em que se inserem. A comunicação reflecte sobre este movimento organizativo multi-funcional, procedendo na base da adesão voluntária e do sistema mutualista, a partir do trabalho de campo realizado em Bissau (Guiné-Bissau) junto de associações participadas por mulheres, como sejam as abotas e as mandjuandades.


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