À independência de S. Tomé e Príncipe sucedeu-se a imediata desmontagem do saber colonial. Todavia, a este saber, ao tempo considerado ideologizado e instrumental, sucedeu-se um outro igualmente redutor e vincadamente ideologizado. No tocante à produção de são-tomenses, só recentemente se tornou mais frequente o aparecimento de dissertações onde é patente um certo distanciamento relativamente a mitos do ideário anti-colonial.
Nesta comunicação, propomo-nos a um inventário crítico da produção do saber social relativo a S. Tomé e Príncipe, sublinhando os seus mais recentes tópicos, perspectivas e eventuais estrangulamentos. Tentaremos, em particular, escrutinar as razões sociais e políticas da rala produção local e, mais importante, do eco quase nulo de tal produção na vida colectiva no arquipélago.
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