Esta comunicação visa contribuir para a compreensão da experiência do tempo "à medida" equacionando-o num triplo sentido: a) como a possibilidade de gerir o tempo, conforme a oportunidade, o desejo e a necessidade dos indivíduos, famílias e grupos; b) como espaço-tempo de continuidade e reforço da praxis disciplinar que caracteriza os sistemas capitalistas e c) enquanto espaço-tempo de conflitos materiais, simbólicos e identitários resultantes de disputas diversas pela manutenção ou alteração de padrões e ordenamentos temporais. A comunicação tem duas partes principais. Na primeira, centro-me na problematização destas hipóteses, recorrendo a vários enquadramentos teóricos. Na segunda refiro-me a dados empíricos que nos permitem uma visão mais ampla daquela problemática. Estes dados referem-se a um inquérito por questionário aplicado em 2003 aos docentes de duas universidades portuguesas e a um outro inquérito realizado em 2004 numa média empresa da região Norte de Portugal. Esta comunicação é uma versão de um texto publicado (Araújo, 2002).
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