A tetralogia de romances do escritor mineiro Benito Barreto, Os Guaianãs, aborda ficcionalmente aspectos da recente história brasileira. Escritos entre 1962 e 1975, os romances, marcadamente épicos, possuem como temática a resistência popular frente à implantação da ditadura civil-militar no país. A tetralogia situa a ação no interior de Minas Gerais narrando acontecimentos que vêm do início do século XX até o Golpe de 1964. Desconhecidos da crítica literária e do público leitor, assim como boa parcela da literatura sobre os anos de chumbo, os romances de Benito Barreto recriam um Brasil ferido e heróico.
As questões relativas à estrutura social do sertão brasileiro e também o instigante panorama de relações de poder da sociedade (re)criada são ficcionalmente entrelaçadas na ação e no comportamento das muitas personagens e dos vários movimentos da tetralogia. A presente comunicação busca analisar nas narrativas literárias de Os Guaianãs o potencial simbólico que se elaborou durante o período sobre os movimentos sociais de lutas em resistência a ditadura civil-militar.
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