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A bandeira da língua como um arquétipo de pátria: ficções da lusofonia em contexto pós-colonial

  • Autores: Ana Isabel Madeira
  • Localización: A questão social no novo milénio, 2004, pág. 186
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • "A nossa localização em África, na América e na Europa - em países tão diversos, ligados pela distância - concede-nos um estatuto muito especial, abrindo uma série de possibilidades ao inquérito histórico e comparado. Não se trata de nos considerarmos como um 'caso peculiar', que confirmaria ou infirmaria certas teses. Trata-se de assumirmos que a nossa especificidade pode ser elaborada conceptualmente e trabalhada enquanto campo teoricamente conhecível" (Nóvoa, 2000: p. 127).

      Apesar dos debates que se vêm travando (Santos, 2002; Ramalho e Ribeiro 2002; Bastos, Almeida & Feldman-Bianco, 2002), o conceito de lusofonia é ainda um atributo marcado pela ambiguidade com que circula no processo de produção de conhecimentos e de sentidos, quer no campo ideológico, quer no campo das ciências sociais. Seria ingénuo supor que o processo de produção de noções e categorias de conhecimento é independente das estratégias ideológicas e de poder dos grupos sociais que detêm os meios de produção de significados e de sentidos para as práticas do colectivo. Isto é tanto mais importante quando sabemos que a circulação destes sentidos interpelam permanentemente o sujeito para a reconstituição de novos processos de subjectivação e de identificação orientados para a tomada de posições, ou seja, para a acção social e política.

      Por outro lado seria no mínimo incompreensível ignorar a existência de significações culturais singulares bem como a partilha linguística entre países que travaram, com Portugal, em tempos e espaços muito amplos, relações históricas e experiências coloniais e pós-coloniais muito diversas. Para encontrar esta especificidade é necessário elaborar conceptualmente sobre este campo de descontinuidades permanentes, razão pela qual nos parece de toda a pertinência desenvolver um trabalho de comparação. Isto porque, independentemente da proximidade linguística e cultural ou da distância espácio-temporal é necessário interrogar sistematicamente o modo como alguns conceitos são produzidos, apropriados e incorporados nos discursos de verdade. Para conhecer e produzir conhecimentos sobre esse campo teoricamente conhecível, impõe-se portanto reflectir sistematicamente sobre o modo como observamos a realidade a partir de determinadas categorias de pensamento e, também, o modo como essas categorias têm de ser pensadas como construções destinadas a representar a própria realidade.


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