Na década de 70, no período que vai desde os últimos anos da ditadura franquista até aos primeiros anos da transição democrática, produz-se no Estado Espanhol um forte acúmulo de energia por parte dos grupos opositores que preparam as suas posições e programas de acção perante a eventualidade da queda do regime. O importante papel de construção e substituição do interdito espaço político institucional que a cultura joga em casos de oposição a regimes totalitários, acrescenta-se, no caso galego, com o próprio processo de construção autónoma, política e cultural que se pretende, com diferentes graus, por parte dos vários grupos opositores. Numa Galiza, aliás, em que diferentes tradições político-sociais construíram diversas imagens de Portugal, e para as quais o 25 de Abril será acontecimento de improtante magnitude. A presente comunicação tem como objecto apresentar a síntese das várias visões fabricadas nesta época no quadro das estratégias e objectivos dos grupos que, em boa medida, definem os modos de relacionamento que se praticam e postulam na Galiza actual a respeito de Portugal.
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