Nas duas últimas décadas do século XX, os maiores craques brasileiros transformaram-se em jogadores de clubes europeus, sendo denominados, pela imprensa, no contexto das Copas do Mundo, como estrangeiros ou europeus. Estas categorias sinônimas concentram um debate mais amplo que opõe os mercados transnacionais às nações, tema desta comunicação, desenvolvido em dois momentos. No primeiro, se buscará sintetizar uma visão da dialética homogenização/diversificação através do futebol, o que permitirá elaborar a relação transnacionalismo/nacionalismo tal como se apresenta neste domínio social. No segundo, será exposto um dos efeitos deste processo, que se configurou a partir da derrota do selecionado brasileiro na Copa do Mundo de 1998, desenvolvendo-se posteriormente durante a Copa do Mundo de 2002, trazendo uma forma inédita de avaliação do desempenho do selecionado, através da produção de novas categorias ordenadoras deste campo simbólico.
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