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A Foraclusão do Pai: sobre a loucura de João José Dias em "O que fazem mulheres"

  • Autores: Sérgio Guimaraes de Sousa
  • Localización: Agália: Publicaçom internacional da Associaçom Galega da Lingua, ISSN 1130-3557, Nº. 105, 2012, págs. 77-104
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Father's foreclosure: about João José Dias in "O que fazem as mulheres"
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      As it is often the case for Camilo Castelo Branco, in "0 Que Fazem Mulheres" (1858) a quite rude and garrulous wealthy man abruptly comes into sight. Joao Jose Dias (such is his name) is a Portuguese- Brazilian returning home, who marriages Ludovina in the name of socio-economical convenience. Dias becomes suspicious of his wife's fidelity and decides to take the life of her lover who turns out to be no other than the woman's biological father. This quid pro quo leads to a dramatic event, the insanity of the baron who upon recovering his wits gains, so to speak, some other sort of lucidity. The character drastically becomes another. Disregarding a traditional reading that would inevitably consider a typical post-dementional Camilian expiation, we however, in ttying to account for the paranoia affecting the baron and its psychotic nature, aim at a textual analysis buttressed upon Lacanian psychoanalysis and on the theoretical-analytical contribution of Slajov Zizek. Both the paranoia and the psychosis contribute to a process of foreclosure, breaching the Law of the Father in the shape of a symbolic parricide.

    • português

      Em "O que fazem mulheres" (1858), como não raramente acontece em Camilo Castelo Branco, irrompe um capitalista assaz bronco e cheio de prosápia. Brasileiro de torna-viagem, João José Dias (assim se chama) casa com a jovem Ludovina em nome de conveniências económico-financeiras. Mais tarde, suspeitando que sua mulher lhe é infiel, atenta contra a vida do suposto amante dela e que, afinal, mais não é do que o pai biológico da moça. Este "qui pro quo" desemboca numa consequência dramática : a loucura do barão. Refeito da demência, João José Dias não apenas recupera a lucidez, mas recupera outra lucidez. A personagem é drasticamente outra. Desconsiderando uma leitura de cariz tradicional, que suporia no trajeto demencial e pós-demencial do barão uma (incongruente) expiação camiliana, enveredamos, pelo viés de uma análise de texto apoiada na psicoanálise lacaniana e no contributo teórico-analítico de Slavoj Zizek, por uma análise capaz de explicar o porquê da paranoia que acometa ao barão e do reduto psicótico em que se confina. Paranoia e psicose, ao que cremos, são tributárias de um proceso mental de foraclusão (a violação da Lei do Pai sob a forma de parricidio simbólico)


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