A emergência de novas tecnologias de comunicação faz com que as práticas sociais estejam em constante movimento e adaptação à nova realidade comunicativa. Deste modo, assim como as novas tecnologias são fruto da evolução tecnológica social, esta mesma sociedade as absorve e consequentemente alteram suas dinâmicas de interação e sociabilidade. A partir de tais pressupostos, apontamos uma tecnologia comunicacional que indubitavelmente encontra nas sociedades contemporâneas o aporte necessário à sua permanência e aceitabilidade cada vez maior: os celulares. Tais artefatos atualmente deixam de ser apenas objeto de comunicação síncrona em tempo real pessoa-pessoa, para se transformar em um dispositivo híbrido e multifuncional, que ultrapassa sua funcionalidade prima e se torna uma das tecnologias digitais móveis mais utilizadas no planeta. Este artigo propõe um olhar sobre as relações entre tal artefato e o conceito de interacionismo simbólico amplamente discutido por Mead e Blumer, buscando uma reconfiguração do debate sob as nuances tecnológicas contemporâneas, em especial pelos telefones celulares.
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