Este artigo é resultado de um estudo sobre a crença na feitiçaria no Império do Brasil. Nossa pesquisa mostrou que não existiam leis reguladoras das acusações de feitiçaria no Império, ao contrário da colônia e do período republicano. Analisamos casos paradigmáticos publicados no jornal O Alabama, em Salvador, Bahia, entre 1863 e 1871, para compreender como, através de quais elementos, as pessoas que nele escreveram trataram a crença no feitiço. Primeiro, traçamos o perfil desse jornal, depois caracterizamos a sociedade de Salvador com base nas discussões acerca das sociedades ditas complexas, e por último analisamos aquelas notícias como sendo de conflitos entre acusadores e acusados.
This article is the result of a study on beliefs in witchcraft in the Empire of Brazil. In our research we discovered that there were not any laws concerning accusations of witchcraft in imperial Brazil, in contrast to the colonial and republican periods. We analyze paradigmatic cases published between 1863 and 1871 in the newspaper O Alabama (Salvador, Bahia) in order to understand how, and through which bases, its journalists treated belief in witchcraft. First we trace the profile of the newspaper and then characterize Salvadorean society in terms of discussions on �complex societies� before moving on to analyze the articles as conflicts between accusers and accused.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados