Espinosa e a questão do fundamento da política

• Autores: André Menezes Rocha
• Localización: Conatus: filosofía de Spinoza, ISSN-e 1981-7509, Vol. 7, Nº. 14, 2013, págs. 11-18
• Idioma: portugués
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• Resumen
  • português

    As interrogações sobre a questão da fundação na filosofia política moderna formaram-se no interior de duas grandes tradições. A tradição do humanismo cívico, tal como reformulado por Maquiavel, que pensa a fundação do político a partir de uma lógica do poder intrínseca à divisão social. A tradição contratualista, tal como reformulada por Suarez e Hobbes, que pensa a fundação do político como alienação dos direitos naturais, pela mediação do contrato social, para o Estado. A partir da caracterização dos traços gerais destas duas tradições, sugerimos que a teoria contratualista de Espinosa, no Tratado Teológico-Político, consiste num contradiscurso que realiza no interior do contratualismo de Hobbes como reposição da lógica do poder de Maquiavel.

    A síntese de Espinosa conduz a pensar as relações de imanência entre a lógica do poder e a lógica das instituições.

  • English

    The interrogations on the issue of the foundation in modern political philosophy graduated within two great traditions. The tradition of civic humanism, as reworked by Machiavelli, who thinks the political foundation from a logic of power intrinsic to social division. The contractualist tradition, as reformulated by Suarez and Hobbes, who thinks the foundation from alienation of natural rights, by the mediation of the social contract, to the State. From the characterization of general traits of these two traditions, we suggest that the contractualist theory of Spinoza, in the Theological-Political Treatise, consists of a contradiscurse that performs inside the contractualism of Hobbes a reposition of Machiavelli logic of power. The synthesis of Spinoza leads to think relationships of immanence between the logic of power and the logic of institutions.