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Resumen de Emprego e discriminação social nas empresas algarvias

Maria Manuela Neto, Ileana Pardal Monteiro

  • English

    The problem of social differentiation has been studied for long by Social Psychology, at a subjective level as well as at clearly discriminatory or even hostile behaviours among social groups. Nowadays, our society seems to value more tolerant and flexible behaviours, for it is not "politically correct" to manifest attitudes of prejudice towards minority groups, however, at a latent level it remains the same. Besides precariousness of work, we know there are people who find it more difficult to be recruited, for instance, persons with disabilities, ex-drug addicts, ex-convicted, long-term unemployed and also young people searching for their first job. The Portuguese Government, through “Instituto de Emprego e Formação Profissional” (Public Institute for Employment), has helped these groups to access training and employment. We can understand that managers focus themselves on performance and do not want to take risks by employing “problematic” persons. On the other hand, this reality may cover discrimination and prejudice towards some social groups. This paper reflects this problem and studies managers’ attitudes towards recruiting to their own small enterprise. We shall show that belonging to certain groups determines the access to a job.

  • português

    O problema da diferenciação social tem sido estudado desde há muito pela Psicologia Social, tanto ao nível subjetivo, como ao nível de comportamentos claramente discriminatórios ou mesmo hostis entre diferentes grupos sociais. A sociedade, hoje, valoriza mais comportamentos de tolerância e flexibilidade, não sendo socialmente desejável manifestar atitudes preconceituosas face a grupos minoritários, contudo, estas continuam a existir ao nível latente. Constata-se que, para além da precarização do emprego, existem pessoas que encontram maiores dificuldades em ser admitidas nas empresas, como, por exemplo, pessoas portadoras de deficiência, ex-toxicodependentes, ex-presidiários, desempregados de longa duração e mesmo os jovens à procura do primeiro emprego. Estes grupos de pessoas têm sido apoiados pelo Estado português, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional para aceder à formação profissional e ao emprego. Compreende-se que o empresário se centre essencialmente na produtividade e não queira correr riscos, evitando a integração de pessoas tidas como “problemáticas”. Por outro lado, esta realidade pode encobrir atitudes de discriminação e preconceito relativamente a alguns grupos sociais. Este artigo reflete esta problemática e evidência as atitudes dos empresários de PME´S no Algarve, face à admissão de pessoas na sua empresa. Verificámos, assim, que os grupos sociais a que as pessoas pertencem determinam, de algum modo, o seu acesso ao emprego.


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