As grafias inventadas para dizer da nossa existência no mundo já não se sustentam em absoluto. Dadas premissas e balizas referenciadas pelo paradigma representacional, objetivo e racionalista, a saber, a estética padronizada, a narrativa única e a imaginação repetida, tomadas como artifício de uma reflexão profunda sobre uma dissolução da Verdade última e uma Realidade a ser descoberta. A experimentação da linguagem é uma marca do pensamento contemporâneo, isso, dito nos termos da filosofia da diferença e do pós-estruturalismo. Em especial, ao papel da poesia e da arte na constituição dos nossos saberes e narrativas. Esse texto é uma tentativa de apontar para as muitas possibilidades de se produzir pensamento, lançando mão de uma estrutura que mistura teoria científica, poesia, literatura, lembranças, mentiras, esquecimentos, superlativos, indiretas, silêncios.
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