O objetivo deste artigo é analisar representações da oposição na “literatura stronista”, caracterizada pela exaltação dos “feitos” do general e ditador paraguaio Alfredo Stroessner (1954-1989). O forte controle do espaço público pela ditadura não eliminou o dissenso na sociedade paraguaia, o que repercutia na opinião pública. As representações dos opositores no discurso stronista visavam criar um “inimigo” que justificasse a repressão, mas a permanência do dissenso também fez com que o discurso stronista precisasse se apropriar de princípios, demandas e processos ligados à oposição, como indica a análise da “literatura stronista”.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados