María Raquel Freire, Paula Duarte Lopes
Partindo do debate sobre intervencionismo e em particular discutindo a abordagem das Nações Unidas em termos de manutenção e construção da paz, este artigo adota uma leitura crítica de ações e reações, discurso e prática, bem como de terminologias adotadas e praticadas, sem consensualização quanto a conteúdos. O artigo analisa em particular a intervenção das Nações Unidas em Timor-Leste procurando identificar os principais contributos e limites da organização na promoção da paz, segurança e estabilidade no país. O texto conclui com o entendimento de que é necessário procurar equilíbrios na gestão destes processos complexos de intervenção, partindo do reconhecimento do contributo que estas presenças externas pode efetivamente significar em termos de consolidação da paz, embora questionando abordagens, e sugerindo uma melhor articulação entre instrumentos e práticas na operacionalização de mandatos.
Starting from the debate on interventionism and in particular discussing the United Nations approach to peacekeeping and peacebuilding, this article adopts a critical approach to actions and reactions, discourse and practice, as well as adopted and applied terminologies, where there is no consensus regarding contents. The article analyses in particular the United Nations intervention in Timor-Leste seeking to identify the main contribution and limits of the organization in the promotion of peace, security and stability in the country. The text concludes that it is necessary to find a balance in the management of these complex intervention processes, starting from the recognition of the contribution that this external presence may give to peace building, though questioning its reach, and suggesting a clearer interface between instruments and practice in rendering mandates operational.
Partant du débat sur l'interventionnisme et, en particulier, en nous penchant sur l'approche des Nations Unies en termes de maintien et de construction de la paix, cet article adopte une lecture critique envers les actions et les réactions, le discours et la pratique, tout autant qu'à l'égard des terminologies adoptées et pratiquées, sans consensus quant aux contenus. L'article analyse en particulier l'intervention des Nations Unies au Timor-Leste en cherchant à identifier les principales contributions et limites de l'organisation en matière de promotion de la paix, de la sécurité et de la stabilité du pays. Le texte aboutit sur l'entendement qu'il est nécessaire de rechercher des équilibres dans la gestion de ces processus complexes d'intervention, partant de la reconnaissance de la contribution que ces présences extérieures peuvent effectivement signifier en termes de consolidation de la paix, tout en mettant en cause certaines approches et en suggérant une articulation plus efficace entre instruments et pratiques pour ce qui a trait à l'opérationnalisation de mandats.
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