No debate sobre a construção do Estado nacional brasileiro, partimos do pressuposto de que esse processo consolidou-se no cerne de uma valorização fragmentária de suas variantes estéticas, conformando uma controversa ideologia espacial de sentido identitário à nação. Progresso, modernização e integração territorial emergem como palavras de ordem no elo entre a nação imaginada, no Brasil Imperial, e a nação tal como se concretiza, ao longo do século XX, apesar do discurso e das ações em resgate à cultura síntese de brasilidade. Evidencia-se, nesse escopo, uma tendência a se pensar a nação mais como produto cultural de uma elite (fragmentos de cidades coloniais e do barroco consagrados) do que por meio de símbolos da formação de territórios híbridos representantes da totalidade de seus construtores: os antagônicos protagonistas.
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