Nádia Socorro Fialho Nascimento, Patricia de Sales Belo
O artigo reflete sobre a implantação de grandes projetos mínero-metalúrgicos em áreas ricas em recursos minerais – como é o caso da Amazônia paraense -, e a resultante produção e (re) produção de expressões da “questão social” na região. Busca demonstrar como os processos sociais, econômicos e ambientais decorrentes da implantação dos grandes projetos têm expropriado o homem amazônida, a partir da perda do que lhe permite a reprodução das suas condições materiais de existência – a terra e os espaços da natureza. Através do estudo de caso de uma comunidade nativa e na perspectiva de totalidade, analisa os processos históricos – com destaque para a Acumulação Primitiva -, que estão na origem da configuração da região amazônica, a exploração e/ou aproveitamento de recursos naturais como elementos essenciais ao processo produtivo e o avanço do capital sobre as áreas não-capitalistas, aqui caracterizadas como sociedades de economia natural. Conclui-se por afirmar que as questões que afetam a região amazônica dizem respeito, historicamente, a sua inserção subordinada ao mercado mundial capitalista onde a produção social de riquezas é apropriada privadamente pelo grande capital
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados